11.6.11

trinta aninhos..ah pois é!




Há um tempo para tudo.

Para se Ser na convulsão da adolescência, esse vulcão agriolhoado pela sociedade. Com espaços em branco, plenos de nós, com irmãos que também boiam nesse grande mar da vida, sentados em cadeiras insufláveis, juntas pelo abraço da Amizade que se julga e se promete ser eterna.

São cadeiras azuis, laranja, verdes, que boiam, rodopiam, e os pés tocam-se, as mãos puxam-se, e as gragalhadas ecoam, no deserto de uma praia que eles julgam estar tão longe de tudo.

A cidade só está por detrás da próxima duna.
Mas não interessa.
O tempo é a linha do infinito e eles nem a olham.
Não lhes passa, preferem sentir o vibrar da energia do mar, mão de vida que os leva e embala conversas que jorram um secretismo idílico, um risinho tímido, um olhar seguro na insegurança da idade.

Há um tempo para todo o resto que vem depois e se atropela.
Se aborta e se contem, ja não se conta, mas marca.
Conta o tempo.
Essa linha que já sabemos ter algo depois, mas ainda adivinhamos nas conversas que temos connosco próprios e o Universo escuta.

Há um tempo para lutar, para planear, para reorganizar tudo de novo e atirar com as ideias para o chão.
As fotos misturam-se, os conselhos começam a fazer sentido, as pessoas querem-se novamente.
e querem-se, querem-se, querem-se, todas juntas, num abraço igual, pleno de amor e profundamente sentido.

Obrigada a todos os que se lembraram.

Deixo-vos a frase que o meu amor me ensinou e com quem espero brindar muitos mais trintas:

"Toda a alegria que existe neste mundo
Vem do nosso desejo de que os outros sejam felizes.
Todo o sofrimento que existe neste mundo,
Vem do meu desejo de ser feliz"


Shantideva

1 comentário:

Unknown disse...

Voltaste... saudades