15.12.11

Beijinho




Há pessoas controversas.
Pessoas das quais toda a vida se fala, com as quais toda a vida se fala. Um ponto aqui, uma nota acolá..uma pauta preenchida de grandes silêncios, silêncios que a vida encontra para se construir na ausência do teu som.
Passam-se meses a saber as notícias por outrem, passam-se anos a dar as notícias por outrem.


Notas mais graves arrancam um telefonema, mais agudas, preocupação.


E assim a partitura vai-se reinventado, entoando a nossa interacção. Ora longa e quase siamesa, estendendo-se numa conversa infinita de pormenores e projectos, de conselhos e orientações, que a vida foi tratando de destruir, porque o mundo foi tratando de a surpreender. Ora breve e conflituosa, porque dura, directa e amarga.


Creio que foste a primeira pessoa controversa na minha vida. A primeira com quem discuti. A primeira com quem gostei de discutir. Fina inteligência tinhas tu. Adolescente respingona era eu.


Cheias foram essas as primeiras páginas da nossa partitura.


O depois trouxe os entretantos e, numa cadência mais suave, aprendi a importância do passado. Nas fotos, nas recordações. tudo geometricamente guardado, tudo cronologicamente exposto aos meus olhos. As origens e os porquês. O Avô e, olha, que família tão grande, os automóveis antigos e, vê, aqui a Manela.


Obrigada.


Mas o cuco foi soando à hora certa e deixei de aparecer. Caminhei sempre com o descanso de ter quem rezasse por mim. Era bom. Podia ser que se Deus existisse, ele soubesse notícias minhas por ti, assim como eu ia sabendo tuas por intermédio de alguém. Não era a mesma coisa, mas nem sempre a verdade é boa.


Ontem a melodia terminou e hoje feriu-me os olhos com o som das pás e o silêncio da minha boca que não sabe rezar, mas sabe sentir.


A tua alma a Jesus.
Em paz.

13.10.11

WORLD WIDE PROTEST





" O protesto internacional de 15 de outubro, em Espanha, terá a adesão do Porto. O grupo de pessoas a trabalhar na organização do protesto convida a que todos participem na divulgação e organização do mesmo, e tragam as vossas ideias e revindicações para o espaço público, sob a forma de cartazes ou textos escritos - este protesto também é teu. faz ouvir a tua voz. dia 15, às 15h, na praça da Batalha. "


Vejam: http://15out-porto.blogspot.com



10.10.11

ratos e ricos





Se dos meus olhos se materializasse o que vejo, penderiam sob as vossas cabeças balanças de um dourado falso, assim como são as palavras que apregoam quando manipulam e destroem, aos poucos, os talentos que governam.

De um lado, pousaria a vossa humanidade. Aquela breve recordação de infância, onde pulam bolas, ou brincam bonecas vestidas de ricos tecidos por pais agora desaparecidos.
A vossa humanidade cheia de humidade.
Bolor instalada pela riqueza, pelo facilitismo, pela corrupção, pela desistência de um sonho Maior, Digno, Humano, COERENTE.

É curioso observar como coerente é parecido com corrente.
O português é a língua mais filosófica que há, de facto.
Por isso somos um povo desmembrado, porque não há coerência no dito governo mundial. Esse punhado de gente que não é mundialmente aceite, mas detentora do petróleo, "em breve" das energias renováveis, da droga, do tráfico de pessoas, de armas, de órgãos, de sangue, tudo isto lavado depois no grande tanque das ONG's e organizações de ajuda que recebem quantias de dadores anónimos, que compram o céu enquanto fomentam o inferno.

Do outro lado pousaria o esquema. O esquema mental das vossas cabeças, labirinto aberto sobre a mesa onde janto. Uma ratazana caiu-me lá dentro. Desculpem, deitaram-me para a lama por falar demais, e ás vezes estes bichinhos vestem-se-me a roupa...
Nesse labirinto ela passeia, procura o recheio delicioso das ideias que vos estimulam. E caminhando vai comendo o egoísmo, a traição, o abuso, o egocentrismo, a declarada exploração, a vossa loucura levada ao extremo do irracional; residente em todos os recantos dessa falta de humanismo que a ambição obriga.
E a ratazana engorda.
Engorda.

E dos meus olhos saem facas nesse prato.

Um dias as facas tombarão sobre as vossas cabeças.


11.6.11

trinta aninhos..ah pois é!




Há um tempo para tudo.

Para se Ser na convulsão da adolescência, esse vulcão agriolhoado pela sociedade. Com espaços em branco, plenos de nós, com irmãos que também boiam nesse grande mar da vida, sentados em cadeiras insufláveis, juntas pelo abraço da Amizade que se julga e se promete ser eterna.

São cadeiras azuis, laranja, verdes, que boiam, rodopiam, e os pés tocam-se, as mãos puxam-se, e as gragalhadas ecoam, no deserto de uma praia que eles julgam estar tão longe de tudo.

A cidade só está por detrás da próxima duna.
Mas não interessa.
O tempo é a linha do infinito e eles nem a olham.
Não lhes passa, preferem sentir o vibrar da energia do mar, mão de vida que os leva e embala conversas que jorram um secretismo idílico, um risinho tímido, um olhar seguro na insegurança da idade.

Há um tempo para todo o resto que vem depois e se atropela.
Se aborta e se contem, ja não se conta, mas marca.
Conta o tempo.
Essa linha que já sabemos ter algo depois, mas ainda adivinhamos nas conversas que temos connosco próprios e o Universo escuta.

Há um tempo para lutar, para planear, para reorganizar tudo de novo e atirar com as ideias para o chão.
As fotos misturam-se, os conselhos começam a fazer sentido, as pessoas querem-se novamente.
e querem-se, querem-se, querem-se, todas juntas, num abraço igual, pleno de amor e profundamente sentido.

Obrigada a todos os que se lembraram.

Deixo-vos a frase que o meu amor me ensinou e com quem espero brindar muitos mais trintas:

"Toda a alegria que existe neste mundo
Vem do nosso desejo de que os outros sejam felizes.
Todo o sofrimento que existe neste mundo,
Vem do meu desejo de ser feliz"


Shantideva

10.5.11

What the Finns need to know about Portugal.

Ora...com licença

ou / or


Excuse me, ladies and gentlemen...







7.3.11

Para um mundo com sentido(s)



V E J A M

P E S Q U I S E M

M U D E M

http://www.zeitgeistportugal.org/








SOLUÇÕES











E, só mais isto, um pensamento chamado A LIBERDADE de Bill Hicks
(in "EU SOU EU, EU SOU LIVRE", de David Icke)

"Toda a matéria é apenas energia condensada num vibração lenta.
Somos todos um consciência a experimentar-se subjectivamente.
Morte é coisa que não existe.
A vida é apenas um sonho.
E somos todos imaginação de nós próprios"

Imaginem-se no Uno...
Actuem sem deixar de o fitar.
Concretizem a vossa Essência, 
Expressão máxima da beleza da vossa Imaginação.


Dia 12 de Março, bora lá. mesmo que não dê em nada.


beijos e abraços




16.2.11

paranoia










Saí de casa com a noção que uma parte de mim cumpria o seu designio e voltei com a sensação que a liberdade é sempre a melhor escolha, e a solidão uma forma de crescimento invulgar, que me corre nas veias, sem rótulos, religiões, partidos ou marcas.

É triste amar tanta gente e não se poder mudar as suas vidas verdadeiramente.

Sou um corpo cheio de cicatrizes, visíveis debaixo da pele, e por vezes gosto de a esticar para perceber que parte de mim viveu no limite da exposição, do desafio, do cansaço, do desespero de pertencer à geração dos amarrados; e outra parte, reveste-me neste ser simpático-apático, que não revolta nem critica, mas odeia, e odiando vai passando o creme hidratante da comiseração, da pachorra que ja não é tolerância, da educação que já não é espontânea, mas é a necessária.

Se pudesse chamar Deus à Terra dava-lhe com o livro de reclamações nas trombas e cem euros para viver durante um mês. Depois pedia-lhe desculpa e ia para o céu na mesma, porque o gajo só pode ser completamente imbecil para desculpar toda a gente.

Eu não me desculpo a mim, muito menos dos meus vícios, mas confesso que gosto de libertar-me neles, para poder abri as asas deste insecto horroroso que vive em mim, como na Metamorfose de Kafka.

Ser o horrível faz parte do ser belo. Mas é preciso saber-se sê-lo, porque discordo do egocentrismo egoísta, arrogante e irresponsável.

Por isso, não vou vender a minha alma a esses cabrões corruptos que só existem porque se lambuzam na gigante esfera chamada Terra e, com  sua língua ácida, queimam terras, poluem rios, e aparecem de noite, com o saco do buraco negro para saquear os sonhos de todos os entorpecidos, adormecidos, robotizados, mas socialmente reconhecidos como funcionários "normais", "controláveis" e "rentáveis".

Engulam as televisões, vistam-se com a merda cara que é feita no mesmo sitio que a barata, e trabalhem muito porque realmente a "Família" merece.

Sou do mundo e para ele volto sempre. Mas sempre depois de tudo e de todos.

Depois do cumprido, depois do ouvido, depois do hipocritamente aceite, depois do engolido a seco e cuspido no chão dos teus pés engraxados pela sorte que tiveste.

Depois de tudo e de todos, encontro-me outra vez, sem ninguém e sem nada.

Mas para voltar há que acreditar e para acreditar há que ser louco, rir e mudar.
Nem que seja uma pessoa de cada vez.
A começar por nós.

7.2.11

.




Mother and Child - Gustav Klimt



Foi o momento que p e r d e s t e
porque adormecida pelo passado
mas na parcialidade dessa pessoa
sem saber viveste.








(é amiguinhos, continuo muda da alma mas, "começar o ano" com 4 frases já não é mau!)

14.12.10

x2







(e para variar, a música que me fez escrever...não estava era a contar encontrar um vídeo que tivesse ligeiramente que ver com o texto! feliz coincidência)






Diz-se por aí que é no silêncio que se constroem as palavras e, por isso penso, que a música tem sido uma droga que tens andado a tomar, para suster uma expressividade genuína que pensas que te condena;
Quando, na verdade, se tentasses falar, o barulho ensurdecedor dos outros, comprimiria a acústica da tua alma, junto do chão, para o qual tanto olhas e não a vês.


Por vezes penso que te olhas no espelho, e descobres uma desconhecida;


Espanto que te faz caminhar nas tuas curvas como se fossem colinas de um país sem nome, sem mapa, sem luxúria; e com a calma no olhar, aprecias esse terreno só teu, que detestas que invandam, uma vez e outra, sem o sentido geométrico do romantismo.
Visitante de ti própria que se replica numa réplica que não acreditas que não é, porque -pensas- se assim fosse, tudo haveria de ser diferente.


Sim, o mundo seria uma palete de tons pastel e ninguém nos desiludiria.
Sim, faríamos parte de uma comunidade de olhos cinzentos, com pálidas mãos moles e pés pequenissimos, porque não haveria Busca.


Talvez não tivessemos também ouvidos. 
Não haveria Perdição nem Maldição, logo, o Jogo não existira para ser comunicado.  


Afinal, a Bondade está nos actos.


Estica a tua mão mole e ganha ossos.



20.11.10

Paz a 3.689.087.767.666 KM





Gostava de ter muito para contar, mas sinto-me o caos disfarçado de gente que conserva ainda uma ordem celular que me espanta.

Quando me olho, e me vejo, sou inteira. Sou o 1 presente que se desmultiplica num estilhaço interior, cada qual com o seu reflexo, cada qual diferente,
nas arestas e nos tamanhos.

Tenho cabelos que tombam e que penteio.
Tenho pele que pede sol, e olhos que se despedem das sombras.
Ouvidos que rejeitam.
Vozes que falam quase sempre certo.
É rara a vez que me engano no tom. Sai com Atitude.

A atitude é a forma mais fácil de mentir. Mas dá dinheiro e com ela se trabalha.
Com ela fazem-se conhecidos, que vão ser sempre desconhecidos. Com ela fazem-se amizades, que são enganos suaves; com ela caminha-se na estrada correcta, quando sabemos que tudo isso é uma palhaçada, porque os trilhos são tantos quanto aqueles que conseguimos ser, e pior, querer.

Fico feliz com a estabilidade dos outros, mas questiono-me por que para mim são correntes.

É difícil viver com a noção que o trabalho é a mais pesada das correntes porque é a condição primária que te impôem.

Quando nasces, fazem-te o xeque-mate. Quando nasces, fazem-te projectos de vida. Dão-te metas, dizem-te até as idades com as quais se devem atingir, e começam-te a colocar barreiras.

Um dia vais produzir, vais gerar riqueza, estás no jogo de um tabuleiro muito maior.
Não é Deus que o tem nos joelhos.

É a pobreza dos outros, o descalabro ambiental que longe de ti acontece, guerras provocadas em nome da religião, mas com o sobrenome do capitalismo, redes de droga, de tráfico e de sexo.

Mas no teu olhar, a pureza vive selvagem na convicção que o amor dos outros te transmitiu.

Não ouves, mas é de noite que os homens das obras aparecem.
Trazem tinta para o asfalto, trazem barras laterias de protecção.
Trazem câmaras, placas de sinalização e portagens.

Passa as portagens, não te esqueças.
Passa, paga, e continua a produzir.

É complicado perceber que estás sempre metido numa organização. Que te regista, transfere, carimba, quando estafado voltas para casa, e adormeces, e os homens das obras voltam.

Nem tiveste tempo para ver o telejornal da noite anterior, e já acordas com a estrada mais apertada.
Já és o culpado pelos fogos florestais, já és o culpado por não produzires, já és o culpado por não haver inovação no país, já és o culpado por não teres feito nada porque confiaste que alguém o fazia por ti.

Mas tens uma estrada à tua frente e uma portagem que nunca mais aparece. Aquela, que uma vez transposta, tem a saída esperada: a que te revela o país que tens, mas não se mostra; as pessoas a viverem no ritmo certo; as crianças a encherem os jardins; os idosos a sorrirem com dignidade de tratamento.

Receio um dia acordar e ver a estrada cortada.
Ou não...

Talvez saltasse a barreira lateral que não percebo porque ainda respeitamos.

7.8.10

Parabéns!








"A Mãe foi o meu primeiro encontro com um anjo"


("Conversas com Deus"- Neale Walsch) 



Obrigada 
por ser de ti.

e para ti voltar sempre.



25.7.10

Vê...se tiveres coragem.

















We are living in exceptional times. Scientists tell us that we have 10 years to change the way we live, avert the depletion of natural resources and the catastrophic evolution of the Earth's climate.

The stakes are high for us and our children. Everyone should take part in the effort, and HOME has been conceived to take a message of mobilization out to every human being.

For this purpose, HOME needs to be free. A patron, the PPR Group, made this possible. EuropaCorp, the distributor, also pledged not to make any profit because Home is a non-profit film.

HOME has been made for you : share it! And act for the planet.

Yann Arthus-Bertrand

HOME official website
http://www.home-2009.com

PPR is proud to support HOME
http://www.ppr.com

12.7.10

Ouvi ontem...





 "A vida é a arte dos encontros"

(Dito por um sem-abrigo cujo nome desconheço)









22.6.10

Tiny Alien - Katie Melua





Confesso que quando ouvi esta música, apeteceu-me escrever um texto no qual me pudesse transformar num insecto de asas exuberantes, dotado com pequeno ferrão (mas daqueles que não magoam), para que pudesse picar todos aqueles que sentem e vêm a vida mais ou menos como eu. 
Nessa picadela, sugaria todas as respostas que esta música procura; não em forma de sangue, mas em forma de corrente eléctrica, 
directa da tua alma para a minha.








Who are you my tiny alien
Why do you love to hide
Who are you my tiny alien
What can you see inside


I won’t make a sound








I won’t shoot you down
With my science, and reliance on everything I thought I knew


When you’re not of this earth
You won’t know what you’re worth


You’ve just got to take the pressure together
Or you’ll never survive in this world


Tiny alien


Who are you my tiny alien
What are you here to do
Who are you my tiny alien
How can I talk to you


What’s my DNA
Can you make it change
So I can gain new insight and take  f l i g h t
And never feel any pain


Just how far can you  f a  l   l
When you still feel so small
Will you love me through the sorrows tomorrows
Whatever the future will bring
Tiny alien


Who are you my tiny alien
We are just skin and bones
Who are you my tiny alien
Why are we so alone


When you’re not of this earth
You won’t know what you’re worth
You’ve just got to take the pressure together
Or you’ll never survive in this world




Album 'The House'

16.6.10

Há vários tipos de Vuvuzelas...ah pois é!























Numa curta pausa para café, apareceram no estabelecimento, duas VuVuZelas gigantes  (confesso que tenho alguma dificuldade em pronunciar um nome com tantos V's, e com 1 Zê, que surge logo de seguida como um estalo) e, arrastavam consigo, dois jovens entusiastas pelo vermelho e verde da selecção, mas com um objecto laranja envergado. hmm....estranho.

Temi.

Será que no fundo daquele cone gigante estaria um buraco negro que suga a inteligência a quem para ele olha?

Já a suar, olhei em volta, receando que um sopro carregado de perdigotos fizesse revirar o ar que, num movimento de contracção, me sugasse para o desconhecido mundo das VuVuZelas, tal como a Alice no País da Maravilhas.

Estaria eu amanhã a comprar VuVuZelas? Estaria eu amanhã orgulhosamente com uma, e depois outra, e depois montaria a tenda na bomba de gasolina para apanhar todas as VuVuZelas que saem em TODAS as edições de jornais-revistas-magazines-semanários-livros de bolso-revistas-cor-de-rosa?
Passaria eu a ter a pele laranja?
Passaria eu a ter cabeça de cone?
Nascer-me-ia uma VuVuzela..?.é melhor parar...respirar fundo...issoooo...

Então acordei com um gracejo convencido de um jovem que disse:

-Não, pah, é que esta é diferente. Esta tem O MEU NOME e toca muito melhor! (seria o nome dele BúBúZelo?)

E, bem à entrada do café, fez grunhir aquele O.N.I (objecto não identificado) que me secou o café na traqueia, arregalou os olhos em direcção ao tampo da mesa, enquanto delirava...aguentem ouvidinhos, postura Cláudia!

E quando parou...ah...quando o silencio voltou...

-Óh óbla! - diz o outro amuado... e... não é que ele... S O P R A ?????

Bem, honestamente: HÁ VUVUZELAS DIFERENTES SIM!

Aquilo mais pareceu um zurrar de um burro a ser puxado pelas patas, pelas orelhas, pelo focinho, pela cauda, pela pila, pelo pêlo, pelas pálpebras, pelo raio que o PARTA...e devia doer muito :(
Começou por ser um som cavo e grave, depois parou a meio, esganiçou no final e, numa recuperação deslumbrante, conseguiu ser verdadeiramente estridente e agudo!

Porra, e aqui não se aplica a máxima politicamente correcta "todas diferentes todas iguais"! Nããããoooo!
Umas soam a elefantes seculares que, de tromba erguida, chamam a manada, outras parecem burros atormentados a fugir do celeiro.

Seja lá como for, os animais aqui mencionados que me perdoem, porque não pretendia insultá-los.


(se amanhã eu comprar uma VuVuZela, eu prometo que fecho este blogue..para o vosso bem...ainda começava a gravar e a pôr no Youtube os meus VuVudioZelos)

Bahg!

13.6.10

Uma curta..muito fora: The Black Hole
































The National Film Board of Canada, in association with the Cannes Short Film Corner and partner YouTube, welcomes you to this NFB competition, now in its fifth year.


Director: Diamond Dugs
Running Time: 2'34
Country: U.K.
Category: Comedy





6.6.10

Para quem me lê

E ainda se dá ao trabalho disso ... esta é para vocês!

Celebrem a vida, todos os dias, e bebam do seu ritmo, seja ele qual for, reparem na nota mais sublime, no rendilhado mais impressionante, que nos dá voltas à cabeça, num emaranhado de pensamentos e emoções, por vezes doloroso, por vezes alegre e inesperado.

Feliz dia!





Beijo Azul!

3.6.10

Dia da Criança... claro atrasado! :P
















Magritte



(Para a Margarida, o Hugo e o Rafael)


"Um dia vais perceber que a humanidade é toda a mesma coisa, e o que distingue uns dos outros é a coragem e o medo.
Um dia vais perceber que os cabelos não têm cor, e que as peles são todas macias quando se tocam com prazer.

Até lá vais pensar que não.

Que há pessoas diferentes, que os teus são os melhores, que há tesouros e gentes iluminadas. Pessoas mais simpáticas, olhares arrogantes, bocas que rejeitam, peles encrespadas, costas com asas.

Sim, há dias que apetece desistir. O meu quarto também não tem ninguém.
Mas, sabes,  nem por isso deixa de estar povoado, por quem aqui passou, sentou e conversou.
Nem por isso deixa de me abraçar com as suas histórias, cada vez que vejo as cadeiras vazias, e os cinzeiros só com as minhas beatas.

Descobrir as pessoas é descobrirmos-nos a nós próprios. Até quando não nos portamos lá muito bem e dizemos o errado só para fazer rir. Ou quando travamos o abraço, com vergonha de sentir.
Não tenhas vergonha de sentir, porque é a melhor forma de aprender, e de perceber que a felicidade tem tantos caminhos, como o mundo tem de pessoas.

Que experimentem todos.

É o que desejo."

26.5.10

A note from the Universe

























To empower another, is to empower yourself.

To celebrate another, is to celebrate yourself.

And to free another, is to free yourself.



I say empower, celebrate, and free them all.




TUT

23.5.10

00000000000000000000000000000001





Hoje não me vi em lado nenhum.
Não sei se sabes bem o que isso significa.

Poderia ser a perdição, se estivesse apaixonada por algo.
Uma ideia, um objecto, uma data;
sim uma data,
um número gigante na minha cabeça-calendário, que confunde o tempo com a vírgula do momento,
e satisfaz-se dentro de um parêntesis redondo, dentro de si, contra si.

num à parte que exclui toda a proposição,
questiona o parágrafo onde se encontra
mas encolhido permanece.

à espera
à espera.

desejando o próximo segundo já com a fome do minuto.
completo,
dá por si na hora
cheia de nada.

permanece
permanece.

um dia a equação fará sentido.

9.5.10

lego







penso
ou julgo que penso
algumas vezes na questão da dualidade como dois pólos de uma mesma realidade. sem eles não passa a energia. desconhece-se a realidade. ou pelo menos, desconhece-se ainda mais.

não é que ande aí com um busca-pólos, de boné azul envergado, com cara de electricista mal-pago, a cometer todos os excessos e todas as privações que o mundo dispõe ao consumista da vida, num leque aparentemente quebrado de infinitas possibilidades.

por vezes imagino que caminho nesse leque, como se fosse um pequeno bonequinho dos Legos, a subir nas decisões, a descer nas contradições, com um sorriso estático, por não saber se gostar mais de estar lá em cima, ou de olhar de baixo para de onde vim.

nesta imagem o leque não abana com o tormento das emoções. Não. O bonequito é que se pode desequilibrar, já que tem os joelhos quebradiços e um amplo espaço para desbravar. O leque movimenta-se, num leve e contínuo sussurrar pela mão do universo, sempre no mesmo compasso. Ele ele lá vai descobrindo que, no seu peito de plástico, um coração ressoa a dois tempos, tal como o universo se contrai e expande, também o dele sucumbe à loucura de cada momento, mesmo que só em pensamento.

Se lhe desse a escolher ser feliz. Não escolheria.
Vegetar em verdades absolutas, prende o pulso que abana o leque e faz resvalar o tal que nele caminha.

4.5.10

Noz




















"Por vezes temos de nos perder para conseguir encontrar a nossa estrela (...)
Cada pedaço é um caso,
Com a alma bem perto da inocência."

(H.)





21.4.10

sei lá



Onde está o ponto que nos une?
Cardeal por onde te orientas?
Onde está a sinergia que sentes,
a corrente energética, que vês dentro de ti, num contínuo ondular,
onde ÉS com Consciência,
És com Certeza,
És com Vida...?

Está nos pulsos que, esquecido de ti, observas?
Ou no chão que pisas com o olhar,
como se os veios dos ladrilhos fossem rios,
e os rios, fossem estradas sem céu,
o qual esqueceste de admirar.

Também sentes a vida borbulhar?
Depois dos carros, depois dos barulhos
Depois do bater das portas, dos "olás" sem testemunhos.

Como a agarras em ti?
E com ela fazes o levante do teu Ser na direcção escolhida,
Questionável?
Temida?

Ou sorris e não pensas,
que pensar é a arte de não sentir
mas de Ser
dentro dos carros, dentro dos barulhos,
dentro de portas, de cumprimentos metodicamente escolhidos.

Sabes, adoro o arco-íris.
porque é um fenómeno óptico
mas é para quem não o Vê.

E quando se vê, reconhece-se a cegueira,
quando se vê, reconhece-se o esquecimento,
do que se pode ver sempre,
ainda que não esteja lá.

20.4.10

To be continued...































A foto está difícil de aparecer neste pisa-papéis com monitor...mas fica prometida. 
Curti a ideia.
Deixo-te a nossa banda sonora, retiro-te o medo do passado e dou-te a garra deste grunge bem tocado!
Força!


Tchin-Tchin! :)



8.3.10

In Wonderland...


foto:http://www.filmofilia.com/2009/06/22/new-tim-burtons-alice-in-wonderland-images/


Have you any idea why a raven like a writing desk?



(sublime!)

28.2.10

Meses do ano (ditados populares)

(pois é, tanto nos rimos a tentar rimar, mas os ditados verdadeiros são estes! nada de "em Janeiro tá um ganda barbeiro")


01  Em Janeiro, sete casacos e um sombreiro.

02   Ao Fevereiro e ao rapaz perdoa tudo o que faz, se o Fevereiro não for secalhão e o rapaz não for ladrão.

03   Em Março, chove cada dia um pedaço. 

04   Em Abril, águas mil, coadas por um mandil.

05   Em Maio, comem-se as cerejas ao borralho.

06   Junho floreiro: paraíso verdadeiro.

07   Julho abafadiço: abelhas no cortiço.

08   Agosto tem culpa se Setembro leva a fruta.

09   Setembro: mês dos figos e cara de poucos amigos.

10   Outubro quente traz o diabo no ventre.

11   Se em Novembro houver trovão, o ano seguinte serão bão.

12   Em Dezembro, descansar, para em Janeiro trabalhar.


Fonte: Provérbios Adágios: http://folclore-online.com