29.11.09
Parábola do homem que encontrou a verdade
"Um dia um filósofo estava conversando com o Diabo quando passou um sábio com um saco cheio de verdades. Distraído, como os sábios geralmente o são, não percebeu que caíra uma verdade.
Um homem comum vinha passando e vendo aquela verdade ali caída, aproximou-se cautelosamente, examinou-a como quem teme ser mordido por ela e, após convencer-se de que não havia perigo, tomou-a em suas mãos, fitou-a longamente, extasiado e, então, saiu correndo e gritando: "Encontrei a verdade!".
Diante disso, o filósofo virou-se para o Diabo e disse: "agora que você se deu mal. Aquele homem achou a verdade e todos vão saber que você não existe..." Mas seguro de si, o Diabo retrucou: "Muito pelo contrário. Ele encontrou um pedaço de verdade. Com ela, vai fundar mais uma religião e eu vou ficar mais forte!"
(in Mestre De Rose, Quando é Preciso Ser Forte, Edições Afrontamento, pag.57, nota 17)
24.11.09
.
Nos dias melancólicos fica-se meio perdido. Pelo menos comigo acontece isso. E como nao apetece falar, nem escrever, deixo uma música que me traz de volta tanto para me reencontrar!
Espero que gostem.
16.11.09
Para a Pimenta Azul
Bem para não "melar" muito a conversa, proponho que "cogumelemos" antes. Porque é disto que este link se trata: www.micoplant.com - vai lá e delicia-te. Se precisares de um vasinho, é só dizer.
Se já conheceres, faz de conta que não e amanhã dá-me um grande abraço! (dás sempre..)
Beijos a todos que "cogumelam" connosco neste fettuccine que a vida às vezes parece!
8.11.09
deriva(ções)
Não sei onde deixei a Palavra...
Talvez me tivesse caído,
Pelo tubo de ensaio da vida,
E agora encontra-se exposta,
Nesse laboratório da existência,
Onde amplificamos o ridículo,
E minimizamos a essência.
É cansativo procurar o que somos
Quando já o somos nessa busca,
E insistentemente ignoramos,
O resultado óbvio
Dessa incursão,
Que se mostra nulo na maior das gargalhadas,
Deste egocentrismo que nos inculcaram,
Quando o movimento é muito maior,
Porque está em todos,
E todos ao longo da vida,
partem os espelhos,
Da moral e da razão.
Não sei onde deixei a Palavra
O que me define.
Talvez se tivesse escapado no desastre de emoções,
Que vou tendo a cada passo,
Despassado de soluções
Talvez tivesse caído
Quando me julgaram
Ou escorrido
Quando chorei.
E agora o momento é tudo.
Até o mais entediante,
O mais solitário,
O mais desconcertante.
O momento define.
Previne,
Castiga,
Repele,
Dá-me ordem,
Para ser o que estou a ser na desordem,
Sem saber o que vai ser o amanhã,
Porque o ontem já passou
e também foi cansativo
E o hoje é o que se vê….
.
.
.
Barco à deriva
Vai
Não pares
E não me perguntes porquê.